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Voto evangélico já começa a ser disputado nas igrejas no Rio e até na MK Music

A oito meses da largada oficial da campanha, o palanque para a disputa do governo fluminense já está sendo armado dentro dos templos evangélicos. Todo fim de semana, o senador e pré-candidato do PT Lindbergh Farias, ex-comunista e católico não praticante, percorre o circuito completo da fé: assiste a cultos, abraça fiéis e se deixa fotografar com as mãos espalmadas em oração. Já apareceu em 63 igrejas. Aniversário de pastor ele não perde um. O rival Luiz Fernando Pezão, vice do governador Sérgio Cabral, do PMDB, foi com tanto apetite aos redutos evangélicos que no mês passado chegou a ser condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a pagar multa por campanha antecipada. Pezão bateu recorde em participações na rádio gospel de maior audiência do estado: 29 aparições em quatro meses, ou uma a cada quatro dias. A agenda dos postulantes ao governo do Rio é apenas a face mais visível da acirrada guerra travada nos bastidores por um quinhão desse eleitorado decisivo. Conquistá-lo é questão de sobrevivência política em 2014. Diz o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE: “O Rio é o estado com menos católicos e um dos que têm maior concentração de evangélicos, o que os torna imprescindíveis”. Traduzindo em votos, são cerca de 4 milhões em jogo, um terço do total.



Lindbergh Farias conta com o apoio do pastor Silas Malafaia. No último dia 13, esteve no culto da igreja Vitória em Cristo. VEJA também acompanhou o evento, que teve presença do pastor Sóstenes Cavalcante, pastor nomeado por Lindbergh para trabalhar no Senado e ao mesmo tempo agendar os eventos evangélicos: “Vamos fazer uma oração grátis, 0800 para ele. Quem sabe estou orando pelo futuro governador”, disse Malafaia, para mil fiéis.

 O ex-governador e deputado Anthony Garotinho, que pretende disputar o governo pelo PR, embarcou em um evento chamado Caravana da Paz, que toda semana monta um palco em uma cidade do interior ou bairro da periferia do Rio, com shows de artistas da música gospel. Como os showmícios estão proibidos pela Justiça eleitoral, não se fala em política. Mas o resto todo está lá: artistas populares, distribuição de brindes e muita autopromoção. VEJA assistiu a um desses eventos, na periferia de Queimados, Baixada Fluminense. Diante de cerca de mil pessoas, o deputado e a filha, Clarissa, que é candidata a deputada federal, cantaram, dançaram, contaram histórias e sortearam Bíblias. 

Pezão - Os movimentos de Pezão começaram no inicio do ano, quando fechou um acordo com o deputado federal Arolde de Oliveira (PSD), dono da MK Music, a maior gravadora gospel do Brasil. Pezão passou a aparecer em entrevistas dia sim, dia não na 93 FM, a rádio evangélica de Arolde. Nada de perguntas incômodas ou saias-justas. Pezão fala sobre o ‘grande momento do Rio de Janeiro’ e até discursa sobre o Hino Nacional. Entre fevereiro e abril, foram 29 entrevistas dadas durante a programação – o Tribunal Regional Eleitoral condenou Pezão por propaganda eleitoral antecipada. 

Com informações da VEJA
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